O 1º dia, Sábado, começou dentro do avião da STP Airways. Pequeno-almoço a bordo com chá ou café e sumo, pãozinho com manteiga ou triângulo de queijo, tudo bem micro, para caber no avião tanta refeição!
Soube bem, já que alguns da equipa não conseguiram dormir lá grande coisa… Bancos de avião não são lá muito confortáveis, mesmo para quem tem sono.
Boa notícia: contando com o fuso horário do arquipélago de São Tomé (menos uma hora que em Portugal), ganhamos uma hora no atraso do avião! Já nos “safemos”! … em princípio.
A primeira imagem que vimos foi o Pico de São Tomé. Imponente, por entre as nuvens. Magnífico postal de boas vindas! Aterramos às 7h da manhã, hora local. O avião para o Príncipe era daí a 1h e 30minutos.
Afinal não sentimos a tal “parede de humidade” ao sair do avião, nem o “cheiro da clorofila” como descreveu o Miguel Sousa Tavares no seu romance. Melhor! Assim a adaptação ao meio deveria custar menos.
Ao andar uns metros na pista, a tirar as primeiras fotos e vídeos daquela terra, começamos a sentir, ao toque, a humidade. Mas nada por aí além! Sentimo-nos suados mais depressa. Especialmente com uma mochila nas costas…
Aproveitamos para tirar umas fotos com os Navegantes e trocar contactos.
A fila para o check-out chegava à pista… E nós, éramos os últimos da fila, com um voo para apanhar às 8h30… Quando vimos uma avioneta a posicionar-se na pista pensamos logo: “é aquela! E nós ainda com esta gente toda à frente…” Decidimos apelar a uma funcionária que estava perto do tapete das bagagens. Muito prestável (Graças a Deus!! acertamos, era uma funcionária dos balcões) encarregou-se ela mesma de fazer o check-in para o voo do Príncipe. O check-out… essa é uma história que terá continuação daí a 3 semanas, no dia do regresso…
Pesagem da bagagem… pesagem das nossas pessoas com mochilas incluídas… tudo dentro dos limites (valeu a pena as horas passadas entre balanças e sacos de viagem, na sala dos Jovens da Ramada!). Papéis para a mão, autocolantes nos sacos, ala que se faz tarde!
Despedimo-nos dos Navegantes, desejando mutuamente sucesso nas tarefas programadas. Agora, já só os 6 magníficos, dirigimo-nos à avioneta “Africa’s Connection”: pequeno parêntesis para ver a demonstração das recomendações de segurança, mas desta… cá fora. Estranhamos, mas dado o tamanho da avioneta, ali era o melhor sítio para o fazer.
A descolagem foi mais sentida, dado o menor isolamento da fuselagem. Mas correu bem! Até sentimos menos trepidação durante o voo do Príncipe, que no voo da STP Airways!
segundo o ecrã da STP Airways: ESTAMOS A CHEGAR!
Ilha de São Tomé
o imponente Pico de São Tomé, por entre as nuvens
vista aérea da cidade São Tomé, a capital
aproximação à pista: ao largo, o Ilhéu das Cabras
- aterragem em São Tomé
as duas equipas: Navegantes e Apóstolos 🙂 (Paróquia de N.ª Sr.ª dos Navegantes e Paróquia de N.ª Sr.ª Rainha dos Apóstolos)
a fila para o check-out...
o jogo "Jenga" mas com malas... uuuh!
a nossa amiga que acelerou o check-in para o Príncipe
a pesagem da bagagem
pesagem individual: não podemos acreditar em tudo o que a balança marca! 🙂
o senhor que demonstrou as recomendações de segurança
dentro da avioneta Africa's Connection
a descolagem
o mar azulinho.... azulinho!
A viagem entre ilhas demora mais ou menos 30min. São 120km de distância. Aqui, como os bancos eram mais confortáveis… o sono começou a instalar-se. Mas a vontade de ver surgir o Príncipe suplantou o cansaço.
À nossa espera no aeroporto estavam o Pe Fabián e o Zé, que juntamente com a esposa Céu, quiseram dedicar as suas férias à Missão Católica no Príncipe, junto das Irmãs Servas da Sagrada Família. Os militares do Príncipe fazem sempre a guarda aos aviões. Talvez para não haver acidentes de pessoas a atravessar a pista…
Apresentações feitas e primeiras impressões do ambiente, mais umas fotos, enquanto se descarregam as malas da avioneta.
Depois de carregar os jipes, fomos rumo à cidade de Santo António, capital da região autónoma do Príncipe, a cidade mais pequena do Mundo… pela “auto-estrada” :).
Entre tapetes de asfalto, extensões de pedra solta, à espera de um dia levarem cimento por cima… Entre estrada de terra batida ou esta brita… é preferível a 1ª opção.
Passamos: pelo Hospital, Alfândega lá no porto, o pontão onde está o Padrão dos Descobrimentos, a polícia, a sede do Sporting (sim há uma…bem grande, mas abandonada), a igreja de Nossa Senhora da Conceição e parámos para a primeira refeição na ilha: pequeno-almoço em casa das Irmãs, na Missão Católica! Café, leite em pó, pão fresco (pão de forno a lenha!) manteiga, doce de mamão e… bananas! Manjar!
Depois fomos visitar a Casa Paroquial. Tem uma vista privilegiada sobre a praça do Poder Local ou Paços do Conselho.
De seguida fomos conhecer a Casa da Catequese, antiga residência das Irmãs, que tem sido o albergue ao longo destes anos, das equipas representantes da geminação da paróquia da Ramada com a paróquia do Príncipe. Seria a nossa base nas 3 semanas. O almoço seria em casa das Irmãs. Aí conhecemos mais duas pessoas do projecto missionário do Príncipe: o patusco Irmão Armando (tal como o Pe Fabián pertence ao Instituto Misionero San Juan Eudes, Sociedad Clerical de Vida Apostólica, Colômbia) e a Lolya, representante da ONGD Ligar à Vida no Príncipe.
O resto do dia foi dividido em instalarmo-nos, visitar a cidade e ir à compras. Para sermos, a nível doméstico, o mais autónomos possível, para não sobrecarregar a boa-vontade das Irmãs Eufrosina e Maria, e do Pe Fabián.
primeiro vislumbre da Ilha do Príncipe
estrada terra laranja
aproximação à pista
aeroporto do Príncipe
homem vs natureza
"auto-estrada"...
a 1ªvez que vímos a cidade de St. António
a chegar à cidade
o pontão do Padrão dos Descobrimentos
sede do Sporting...
a igreja paroquial, Nossa Senhora da Conceição
a mesa de boas-vindas das Irmãs
praça do "Poder Local", vista da Casa Paroquial
na rua Feliz, fica a Casa da Catequese, junto ao Lar da Betânia
a Irmã Eufrosina com o almoço na mão
pelas ruas de Santo António, com os sacos das compras
as prateleiras do novo supermercado, "o shooping da cidade"
1. vedação da casa das Irmãs (próx dúzia de fotos: o caminho daqui até casa)
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Ao cair da noite ia haver festa! A primeira missa que íamos participar era no meio do mato, na Cruz Nascida numa capela-cabana! Mas quando lá chegamos… não havia ninguém. Não apareceu ninguém nem para a celebração, nem para a festa… estava a chover e não havia electricidade, terão sido esses os motivos. Situações comuns numa terra onde os passos da evangelização, ainda são bambaleantes.
Partimos de seguida para a Nova Estrela, onde decorria nessa noite, o encontro de preparação das Promessas dos Escuteiros, no Colégio João Paulo Cassandra, uma das instalações que a Ramada fez nascer no Príncipe.
A paróquia da Ramada é a principal força educativa naquela ilha. Graças a ela todo o sistema de pré-ensino e consequentemente o ensino primário, foram remodelados e revitalizados.
Depois das devidas apresentações, de uma conversa de mútuo conhecimento com o grupo de chefes dos escuteiros, onde trocamos músicas, em Lunguí (dialecto do Príncipe) e dos Jovens da Ramada, jantamos um prato de arroz pintado (arroz de tomate com feijão), tudo à luz das velas :). De vez enquanto a electricidade dava o “ar da sua graça”, mas ia embora tão depressa como vinha.
Para a despedida, depois do olá do Pe Fabián a cumprimentar todos os presentes naquele encontro, ainda brincamos/cantamos um bocadinho com os escutas mais novos.
a Cruz Nascida
o jantar à luz das velas
o Duarte a falar do escutismo
um espreitar curioso
um carinho vale mais que mil palavras...
um "Boa Noite" com música, antes da oração e bênção do Padre
Regressamos a casa… para uma noite de descanso bem necessitada, já que a noite nos bancos do avião, não foi muito proveitosa…
Amanhã será Domingo!